Então, aqui mais um texto escrito por mim. Esse fora escrito com a intenção de ser enviado ao concurso do Santuario RPG Maker, intenção que fora realizada. Não ganhei o concurso, mas foram bastante votos para o texto. Espero que apreciem a leitura.
E lá estava ele.
Somente ele ainda estava de pé. Mas sabia que se a batalha durasse mais tempo, ele iria cair e não conseguiria se erguer. Talvez não por falta de energia, mas sim por que não teria a chance de tentar.
O Lugar estava em chamas, já não fazia ideia se existia algo para ser queimado. O fogo não era fogo comum, queimava mesmo sem ter o que queimar... Os habitantes das proximidades já haviam tentado se salvar, mas nenhum deles deve ter conseguido. Quando o mal chega, é para eliminar a todos.
Ninguém mais estava por perto, pois aqueles que estavam com ele, já haviam sido derrotados. Somente ele e sua espada estavam lá para tentar salvar algo que já não havia como ser salvo. Seu senso de honra o impedia de fugir da batalha.
O calor da batalha era grande, não havia muito que ele podia fazer... Se defender já era um grande progresso. Seus olhos já não o permitiam ver seu oponente, na verdade ele já não conseguia ver muita coisa. Só o que ele via era a luz que vinha das chamas, mesmo que nem elas ele conseguisse ver às vezes.
Perante essa situação, ele já não sabia se estava enfrentando o mesmo oponente de quando a batalha começou. Mas isso não importava só o que lhe importava era sobreviver a ela.
Em algum momento, ele deve ter baixado sua guarda, mais baixa do que já estava, pois seu oponente conseguiu tirar a espada de sua mão.
Assim, ele estava completamente indefeso.
Não haveria chance de sobrevivência agora, só o que ele podia fazer era esperar que sua morte fosse rápida.
Como sempre imaginou que aconteceria no momento de sua morte, ele começou a ter visões de como passou sua vida. Lembrou-se da primeira vez em que ajudou alguém, a primeira vez em que pode sentir a emoção de vencer algum oponente...
Ele não se arrependia de nada que tivesse feito, pois viveu da maneira que gostava e da maneira que imaginava quando era apenas uma criança.
Ainda mais por que o que o consolava era saber que esse mal que havia o derrotado não era um mal eterno. Um dia ele também viria a ser derrotado, ou por algum sobrevivente no mundo, ou simplesmente pelo tempo.
Então para ele, era uma morte tranqüila, mesmo com o que aconteceu após concluir isso... Sua barriga fora transpassada por uma arma metálica, não sabia o que era. Se era uma espada ou uma lança, não importava mais a ele.
Assim, mesmo derrotado, ele morrera sorrindo.
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