19 de fev. de 2009

Conto da Noite

por Dean Winchester
(membro do forum da RPG Maker Brasil [e também um grande amigo meu])

A noite reinava ao redor dos prédios, enormes e magníficos, a lua brilhava com uma intensidade fora do normal, e iluminava uma jovem que tão tarde da noite ainda estava a andar pelas ruas da cidade, sozinha e desprotegida, mas tinha um andar objetivo, dava passos longos e sem olhar pra trás, ela mesma não sabia se estava com mais medo ou mais pressa, a única coisa que conseguia pensar é que precisava chegar logo, mais um pouco não iria mais agüentar, já começara a suar frio, e suas pernas já não respondiam de imediato, sentia um calafrio da cabeça aos pés, na sua mente só faltavam alguns quarteirões, mas já não agüentava mais, sentia como se fosse explodir, sentia um cheiro forte que parecia tomar sua mente e seus pensamentos, quando avistou um beco, e viu um colchão sem dono, e ali foi sua deixa, mais um pouco andando e desmaiaria, deitou no colchão e quase que instantaneamente desmaiou...

- Moça? Moça?

- O...i...

- Você está bem?

- Min...ha cabe...ça dói.

- Acho que está bêbada, bebeu algo muito forte esta noite moça?

- Não bebi nada alcoólico, não sei o que está acontecendo, acho que acabei desmaiando aqui.

- Não sei se desmaiou ou não, mas estava dormindo no meu colchão moça!

- Desculpe estou saindo.

- Nossa moça como está pálida.

- Eu pálida?

- Sim acho melhor te levar ao pronto socorro aqui perto.

- Obrigada, você me ajuda a levantar?

- Claro.

Ela tentou se levantar, mas suas pernas cambalearam, não entendia o que estava acontecendo, olhou para o velho mendigo, e sentiu um desejo estranho, o cheiro que sentirá antes estava mais forte, não conseguia tirar os olhos do pescoço do pobre homem, que estava ali tentando ajuda-la a ficar de pé, perguntava a toda hora como ela estava, se tinha bebido, mas ela mal conseguira ouvi-lo, só pensava no cheiro forte que sentia, as vezes tinha certeza de sentir pulsar o coração do homem só de olhar, mas o pescoço era o que mais lhe chamava atenção, de repente uma dor atingiu sua boca, sentiu duas coisas perfurarem sua gengiva, tocou de leve com os dedos e sentiu que dois de seus dentes haviam crescido, quase que na mesma hora não pode mais segurar, se sentia muito fraca, e com um apetite voraz, antes que pudesse pensar em mais algo agarrou o mendigo pelo pescoço e mordeu profundamente, foi tão rápido que o homem não teve nem tempo de reagir, sua jugular foi perfurada em dois pontos em cheio, o sangue começou a jorrar, o homem se debateu, mas em vão, ela o segurava com uma força tremenda, cujo desconhecia até então, começou a se sentir aliviada, a dor de cabeça foi passando, quanto mais sangue bebia, mais sua fome passava, sentiu o sangue dele correndo por suas veias, era uma sensação inexplicável, a melhor coisa que já sentirá na vida, sentiu seu corpo leve, a cada gota de sangue que sugava tinha vontade de sugar mais, então ali percebeu que o que tinha era sede de sangue, o homem já não se debatia mais, a vida dele já se extinguira.

Aos poucos começou a se lembrar da festa que estivera a pouco, se lembrava de dançar com um homem estranho, misterioso, que tinha um olhar magnético, se sentiu cativada por ele assim que o vira se dirigiu até ele e o chamou pra dançar, sentiu como se ele a hipnotiza-se, lembrou de ir até um lugar mais afastado da festa com ele e ali se entregou, em meio aos beijos sentiu uma forte dor no pescoço, e ali sua memória falhava, só conseguiu lembrar de estar na rua andando, tentando chegar até sua casa.

- O que está acontecendo comigo? Ela se perguntou.

Ela olhou para o beco, e só se via sangue, por todo o lado, na parede, no chão, em suas roupas, e em todo o corpo do mendigo morto no chão, saiu dali, começou a andar, retomou seu caminho até sua casa, ainda não estava acreditando no que acabará de acontecer, será que estórias de vampiros eram verdadeiras? , já conseguia avistar a janela de seu apartamento quando sentiu de novo aquela sede enorme, mas suas pernas não estavam fracas agora, nem tinha mais dor de cabeça, mas a sede só aumentava, pegou sua bolsa e jogou no chão, saio correndo pela noite de novo, sentiu a mente vazia, a única coisa que vinha em sua cabeça era...

Sangue, Sangue, Sangue!

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